sexta-feira, 6 de julho de 2007

O porquê dos por ques

Por que exitem tantas formas de porques se no fundo o porquê deles é o mesmo por quê?
Por que que a vida começa se vai acabar? Por que que acaba quando a gente começa a achar que começou?
Por que que o céu é azul?
Por qual motivo específico as músicas ruins fazem mais sucesso, e por mais tempo, que as boas?
Por que eles traem?
Por que elas choram?
Por que elas são o sexo frágil enquanto eles temem agulhas?
Por que eles são donos da virilidade enquanto elas cuidam sozinhas de casa, filhos, trabalho e marido?
Por que que a rosa brigou com o cravo e não o cravo brigou com a rosa?
Por que aparece se vai sumir?
Por que pedir perdão sem saber onde está o erro?
Por que fugir dos problemas se eles é que deveriam fugir de nossa chatice incontrolável?
Por que tantos porques se no fundo o porquê de tudo está em nós?

Traiu porque não ama.
Fugiu porque é covarde.
É frágil porque a pureza o é.
Viril porque é cavalheiro.
Pede perdão porque perdoar é divino.
É azul porque o azul acalma, não enjoa e deve agradar aos pássaros que penetram por entre suas nuvens diariamente.

Porque a vida é curta demais para tantas perguntas, ninguém sabe tudo e muitos não sabem nada.
Piegas ou não, a razão da vida está nos porques.
Perguntas precisam de respostas e respostas se encontram, se as procurarmos cautelosa e arduamente.
O amor é um porquê.
A dor é um por que.
A vida é porque...é.

POR QUE?


Brenda Linhares