Eu e meus problemas com números e relógios digitais e, principalmente, números em relógios digitais.
Estou sentada em um café, o que não é nada incomum. Lembro ter olhado rapidamente o relógio DIGITAL afixado em uma parede antes de começar a comer.
Comi com uma calma e paciência que não sei ao certo de onde vêm.
Saboreei cada gota de uma das maravilhas do mundo: o cafezinho.
Olho no relógio novamente e, tenho a impressão de que os números são os mesmos, como se o tempo tivesse parado. Mas, como boa cética que sou, imagino óbvia, lógica e rapidamente que o aparelho está quebrado.
Mais de repente ainda, vejo que um minuto passa, o número muda.
É um dia normal.
Entretanto, por outro lado, devo admitir que vejo algumas cenas inéditas, como numa estréia de cinema. A moça da mesa ao lado deu oi ao atendente e agradeceu ao garçom quando este lhe serviu. Isto não é absolutamente normal, não na cidade em que vivo.
O moço do caixa me deu uma lição que eu não aprendi nas escolas, faculdades e cursos da vida. "Sempre temos algo a comemorar".
Minha água tem gosto de whisky (não gosto de whisky) e o bebê da mesa à frente me olha. Levei 20 anos para assimilar uma coisa tão simples e não sei bem se isso é bom ou ruim.
Estou afoita, triste e feliz pelas minhas escolhas, mudanças, por não fumar e poder dizer não, sem hesitar, à promoção do capuccino pequeno + cigarro = capuccino grande.
Tenho medo num canto da mente e paz no coração.
Comemoro hoje a paz que me deixa leve, o amor que enche meus olhos de brilho. Um brinde às mudanças, à instabilidade, à falta de rotina, às novidades.
E finalizo aqui este "pensamento alto" e louco pegando emprestado o refrão de uma música popzinha. Aquela daquele cara que pegava a Deborah Secco.
"Brindo a casa, brindo a vida,
Meus amores,
Minha Família"
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
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