O filme cult “Paris, te amo” conta com um time de 21 diretores, entre eles Alfonso Cuarón, Gus Van Sant, Isabele Coixet, Olivier Assayas e Sylvain Chomet, além de 18 cineastas e um invejável elenco com personalidades como Juliette Binoche, Natalie Portman e Elijah Wood.
A obra tem duração de 126 minutos e é formada por 18 mini-filmes sobre adivinhem? Como já diz o título, o filme é repleto de histórias de amor. Mas, o interessante está justamente aí, não se trata apenas do amor como evolução da paixão ou como encontro carnal entre enamorados. Nesta filmografia o amor assume ares de realização, encontro, superação. Há o amor entre palhaços, entre um cego e uma artista de teatro, o amor entre pai e filha, mãe e filha e outros casos mais raros, porém não menos criativos que não irei contar aqui para não desmotivar aqueles que se interessaram ao ver o título do filme.
“Paris, te amo” não é um romance bobo e sem sentido que se encontra em qualquer blockbuster ou sala de cinema ‘pop’. A obra é mais densa que isso, capaz de nos fazer pensar, refletir sobre o sentido do amor em suas mais variadas formas, cores, lugares e sensações.
É certo que, na vida “real”, não veríamos um romance entre vampiros como é mostrado na obra, entretanto, há uma linguagem metaforizada presente em todos os episódios do filme que nos sensibiliza convidando-nos a ver o que há por trás disso, do mundo de possibilidades que a vida nos oferece. Neste caso em particular, por exemplo, não se trata do relacionamento desse casal em si, mas das formas que o amor encontra para se mostrar e propagar, mesmo quando o surgimento de qualquer sorte de sentimento pareça totalmente improvável.
“Paris, te amo” é um filme capaz de fazer chorar, rir, gritar. Seria talvez um romance tragicômico, uma comédia dramatizada ou até as duas coisas, difícil definir, isso depende dos olhos de quem vê. Um filme de apaixonados para apaixonados pela vida, “Paris, te amo” já está nas locadoras e merece ser visto por todos aqueles que desejam encontrar o amor. Em último caso, você terminará por se apaixonar por você mesmo, nada mais justo.
sábado, 27 de outubro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Eu gostei muito do resultado. Tanto que estou aguardando uma produção parecida com essa, rodada na cidade de Nova York (vai ter até um curta dirigido pela Natalie Portman, não sei se você já ficou sabendo!). E quero ver tb A Cada um seu Cinema, que foi feito durante o sexagésimo festiva de Cannes (tem um módulo feito pelo Walter Salles com o castanha e o caju). Eu era meio chato com curtas. Esse filme mudou minha relação com o gênero.
Postar um comentário